O croissant é um verdadeiro ícone da panificação europeia, especialmente associado à tradição francesa. Seu formato elegante de meia-lua, sua casquinha dourada e crocante, e seu interior leve e macio fazem dele uma escolha sofisticada e deliciosa para o café da manhã, o lanche da tarde ou até como acompanhamento de refeições mais elaboradas. Embora pareça um produto exclusivo de padarias e confeitarias refinadas, é totalmente possível fazer croissants em casa com ingredientes acessíveis e dedicação.
A seguir, você aprenderá o passo a passo completo para preparar croissants do zero. A receita foi organizada de forma didática e conta com dicas extras, sugestões de variação, explicação da origem do prato e uma tabela com os ingredientes. Tudo isso para tornar seu preparo mais prático e prazeroso. Vamos começar? 😋
Ingrediente | Quantidade | Observação |
---|---|---|
Farinha de trigo (tipo 1) | 500 g | Preferencialmente de boa qualidade, tipo especial para pães |
Leite morno | 250 ml | Evite leite quente para não matar o fermento |
Fermento biológico seco | 10 g (1 sachê) | Pode usar 25 g de fermento fresco como alternativa |
Açúcar | 50 g | Dá leve dulçor à massa, sem deixá-la doce demais |
Sal | 10 g | Evite misturar diretamente com o fermento |
Manteiga (massa) | 50 g | Use em temperatura ambiente para fácil incorporação |
Manteiga (folhagem) | 250 g | Deve estar gelada, modelada em bloco fino |
Ovo | 1 unidade | Para pincelar antes de assar, pode adicionar um pouco de leite |
Comece dissolvendo o fermento e o açúcar no leite morno. Deixe essa mistura repousar por cerca de 10 minutos, até começar a espumar levemente, sinal de que o fermento está ativo. Em seguida, adicione a farinha de trigo peneirada, o sal e os 50 g de manteiga em temperatura ambiente.
Misture tudo até obter uma massa homogênea. Em uma bancada levemente enfarinhada, sove a massa por cerca de 10 minutos. Ela deve ficar lisa, elástica e ainda ligeiramente úmida ao toque. Evite adicionar muita farinha para não comprometer a leveza da massa.
Coloque a massa em um recipiente, cubra com filme plástico ou um pano limpo e leve à geladeira por pelo menos 1 hora. O descanso na geladeira é essencial para facilitar o manuseio da massa no processo de folhagem.

Enquanto a massa descansa, pegue os 250 g de manteiga gelada e modele-a entre duas folhas de papel manteiga em um retângulo de aproximadamente 15 cm x 20 cm. Use um rolo de massa para nivelar e deixar o bloco uniforme. Leve esse bloco novamente à geladeira para manter a temperatura ideal.
Retire a massa da geladeira e abra em uma cruz com centro mais grosso, deixando espaço suficiente para envolver o bloco de manteiga. Coloque a manteiga no centro e dobre as laterais da massa por cima, fechando bem para que a manteiga fique completamente envolta.
Abra a massa com delicadeza em um retângulo de aproximadamente 60 cm x 20 cm. Faça uma dobra simples em três partes, como se estivesse dobrando uma carta. Embrulhe a massa novamente em papel manteiga ou filme e leve à geladeira por 30 minutos.
Repita o processo de abrir, dobrar e refrigerar mais duas vezes, totalizando três dobras com descanso entre elas. Isso é essencial para formar as famosas camadas folhadas do croissant, garantindo textura leve e sabor inigualável.
Após o último descanso, abra a massa folhada em um grande retângulo de aproximadamente 30 cm por 60 cm. Use uma faca ou cortador de massa para dividir em triângulos com base de 8 a 10 cm.
Com delicadeza, enrole cada triângulo da base até a ponta, mantendo a tensão para formar um rolinho firme. Dobre levemente as pontas para formar o formato característico de meia-lua.
Transfira os croissants para uma assadeira forrada com papel manteiga, deixando espaço entre eles. Cubra com um pano ou plástico filme e deixe fermentar em temperatura ambiente por 1h30 a 2h. Eles devem crescer bem antes de irem ao forno.
Pincele os croissants com ovo batido com um pouco de leite para garantir brilho. Preaqueça o forno a 200ºC. Leve ao forno por 20 a 25 minutos, até que fiquem dourados, crocantes e com um aroma irresistível.
Deixe esfriar sobre uma grade por alguns minutos antes de servir. Isso ajuda a manter a crocância externa e libera o excesso de umidade.
Origem do croissant: da áustria para a frança
Embora seja um símbolo da culinária francesa, o croissant na verdade tem raízes austríacas. Ele é derivado do “kipferl”, um pão doce em formato de meia-lua tradicional na Áustria desde o século XIII.
Conta-se que após a vitória sobre os otomanos na Batalha de Viena, padeiros locais criaram o pão em formato de crescente, simbolizando a bandeira inimiga. Séculos depois, a receita chegou à França por influência de Maria Antonieta, que era austríaca, e foi então adaptada com a técnica francesa de folhagem com manteiga.
A versão moderna do croissant, leve e amanteigada, surgiu em Paris no século XIX. Desde então, se popularizou pelo mundo e passou a integrar cafés da manhã, brunches e confeitarias de diversas culturas.

- Sempre use manteiga de boa qualidade, preferencialmente com alto teor de gordura.
- Deixe a massa descansar o suficiente entre as dobras para evitar que a manteiga escape.
- Se o ambiente estiver muito quente, mantenha a massa na geladeira por mais tempo.
- Você pode adicionar raspas de limão ou essência de baunilha à massa para um aroma extra.
- Pincele duas vezes com ovo batido para croissants mais brilhantes.
- Croissant de Chocolate: Adicione uma barra pequena ou gotas de chocolate meio amargo na base antes de enrolar.
- Croissant Salgado: Recheie com presunto e queijo ou tomate seco e manjericão.
- Croissant Integral: Substitua até 30% da farinha branca por farinha integral.
- Croissant Vegano: Use margarina vegetal e substitua o leite por bebida vegetal.
Croissants caseiros ficam melhores no mesmo dia. Se quiser conservar, armazene em pote hermético por até 2 dias ou congele após o assamento. Para descongelar, leve ao forno a 180ºC por 5 a 8 minutos.
Você também pode congelar os croissants já modelados antes da segunda fermentação. Para assar, basta descongelar em temperatura ambiente e deixar crescer normalmente.

A culinária é uma forma de arte que une técnica, história e afeto. Este espaço nasce do encantamento pela cozinha como lugar de criação, memória e descoberta. Aqui, cada receita é mais do que um passo a passo, é uma experiência que conecta sabores ao passado, à cultura e ao cotidiano. Apaixonada por culinaria, e me sentindo realizada por ter criado este site.